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13 de novembro de 2009

DOENTE DE AMOR


Queria tanto poder te ver hoje.
Ver a cor do vestido que você escolheu e quantos antes dele atirou para cima na busca da opção perfeita.
Queria ver em que sapato você se enroscou e com quantos passos desajeitados tropeçou no chão
Queria ver você se maquiar, e como sempre distraída,
deixar o pó compacto te sujar
Queria vê-la brigar para atender o telefone
E bradar por que tudo sempre acontece na hora que não pode
Queria ver você buscar o perfume com os olhos e espalhá-lo em dois dedos suaves pelo pescoço
Queria o teu cheiro inundando a casa de novo
E cheirar teu travesseiro usado como um fetiche menos ousado
Queria nunca vê-la adoecer
E perder o viço, esmoecer
Queria nunca te ver assim
Pálida, sem habitual cor carmim
Descobri a poucos segundos atrás
A dor de te deixar pra trás,
Doente de amor,
Eu te juro, prometo
Serei guardião desse seu coração
Mas não chora,
A gente manda essa mazela embora,
E deixa que meu amor te refaz.


texto: Micheline Mustafa

9 de novembro de 2009

FOTOS COM DUPLA INTERPRETAÇÃO

Vão aqui algumas fotos tiradas por desconhecidos que ilustram como os turistas se prestam a papeis incriveis em busca de uma foto engraçada!
Me encaixo nessa categoria também. Tudo por um click !












Se você também tem uma foto com segundas interpretações, mande pro POLAROIDES...
Beijos de Luz !

3 de novembro de 2009

TUBO DE ENSAIO


Acordei me sentindo assim,
Com um tubo de ensaio dentro de mim
Aflita com algo que nem sei se preciso esperar
Sentindo um freezer instalado no meio do estômago
Gelando minhas expectativas
Resfriando meus pedaços
Nao consigo transliterar, nem consigo entender
Vai acontecer ?
Ou é pra esquecer ?
Sobrepujar essa coisa que cresce em mim
Sem saber se vou gostar do fim...


Nao sei ao certo se isso é um sinal
ou se é H Pilory estomacal
Vai entender ?
É bem ou mal ?


Texto: Micheline Mustafa

1 de novembro de 2009

PODE SER


Pode ser que a gente se estranhe pra sempre
Pode ser que não
Pode ser que os cristais quebrados
Nunca mais sejam os vidros em fusão

Pode ser que eu nunca mais te veja
Pode ser que mesmo que assim seja
Você continue fazendo confusão
Ou pode ser que não

Pode ser que o tapa não cicatrize
Pode ser que eu nunca racionalize
E pode ser que não haja perdão
Ou pode ser que não

Pode ser que você não queira voltar
Pode ser que eu nem queira esperar
Pode ser que nada vá melhorar

Pode ser que a gente se encontre pela vida
E que nela a gente cure a ferida
Que invalida essa nossa discussão
Ou pode ser que não

Não creio que essa briga seja eterna
Não há paz que sempre dure, nem há guerra
Nem com a gente que evoca céu e terra

Pode ser que você continue me amando
Pode ser que eu permaneça te odiando
E que nada seja esquecido então
Ou pode ser que não

Pode ser que essa trégua seja um hiato
E que nós tenhamos que fazer um trato
Eu te amo, tu me amas
Isso é fato.
E não nada de mais que aconteça
Nem briga que nos suba à cabeça
Que faça com que nosso amor se esqueça

Pode ser, é verdade, que você nem esteja lendo
Pode ser que passe reto, eu entendo
E que nada se resolva no plano terreno

Pode ser que nessa estória a gente sobreviva
Pode ser que ainda exista uma saída
Pra eleger quem é certa ou quem é errada na questão
Ou pode ser que não

Pode ser que você se emocione e quebre o gelo
Pode ser que nunca leia, como sempre faz
Pode ser que nada mude
Tanto faz

Pode ser que eu continue me sentindo assim
E que não importa se existirá um fim
Pode ser que nossas brigas sejam um eterno motim
Pode ser que nunca tenham razão
Pode ser que sim
Ou pode ser que não.

texto: Micheline Mustafa


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