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13 de novembro de 2009

DOENTE DE AMOR


Queria tanto poder te ver hoje.
Ver a cor do vestido que você escolheu e quantos antes dele atirou para cima na busca da opção perfeita.
Queria ver em que sapato você se enroscou e com quantos passos desajeitados tropeçou no chão
Queria ver você se maquiar, e como sempre distraída,
deixar o pó compacto te sujar
Queria vê-la brigar para atender o telefone
E bradar por que tudo sempre acontece na hora que não pode
Queria ver você buscar o perfume com os olhos e espalhá-lo em dois dedos suaves pelo pescoço
Queria o teu cheiro inundando a casa de novo
E cheirar teu travesseiro usado como um fetiche menos ousado
Queria nunca vê-la adoecer
E perder o viço, esmoecer
Queria nunca te ver assim
Pálida, sem habitual cor carmim
Descobri a poucos segundos atrás
A dor de te deixar pra trás,
Doente de amor,
Eu te juro, prometo
Serei guardião desse seu coração
Mas não chora,
A gente manda essa mazela embora,
E deixa que meu amor te refaz.


texto: Micheline Mustafa

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