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29 de março de 2011

CARTAS de AMOR de Grandes Homens da História



Já dizia Álvaro de Campos que todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam ridiculas se nao fossem cartas de amor.
Inspirado nas cartas lidas por Carrie Bradshaw para Mrs. Big em Sexy and the City (filme), resolvi publicar o que escreveram alguns dos grandes homens da história para suas amadas.
Ridiculas, mas lindas !
 
“Querida Mulherzinha: … Peço-te que não estejas triste; que olhes pela saúde e tenhas cuidado com as aragens primaveris; não saias sozinha – de preferência não saias de todo; tenhas a certeza absoluta do meu amor; que a tua conduta seja cautelosa, não só para a tua honra e a minha, mas pelas aparências. Não te zangues por pedir isto. Devias amar-me ainda mais por dar valor à tua honra… Que coisas tens feito? Tenho uma curiosidade natural por todas estas coisas.
(Wolfgang Amadeus Mozart, 1756-17919, para sua mulher Constanze Weber)


“Anjo, acabo de saber que há correio todos os dias. Tem calma, ama-me – hoje – ontem. Que saudades em lágrimas por ti. Tu, a minha vida, meu tudo, até breve. Oh, ama-me sempre, nunca duvides do meu coração fidelíssimo. Do teu amado.
(Ludwing Van Beethoven, 1770-1827, carta nunca enviada para a sua amada imortal, de identidade nunca determinada)

“Deixei de vos amar e, pelo contrário odeio-vos. Sois horrenda, muito grosseira, muito estúpida, uma verdadeira Cinderela. Não me escreveis de todo, não amais o vosso marido. Conheceis o prazer que as vossas cartas lhe dão, e não lhe escreveis nem seis linhas, mesmo numa caligrafia descuidada. O que fazeis todo o dia, Madame? (…) Josephine, tem cuidado, uma destas noites as portas vão abrir-se e eu estarei aí. …. Escreve-me depressa quatro páginas, dizendo aquelas coisas ternas que enchem o meu coração de sentimento e prazer. Espero há muito estreitar-te nos meus braços e fazer chover sobre ti um milhão de beijos tão quentes como o equador.”
(Napoleão Bonaparte , 1769-1821, para sua mulher Josephine)


“Oh, como gostaria de passar metade do dia ajoelhado aos teus pés, com a cabeça no teu regaço, sonhando belos sonhos, contando-te os meus pensamentos em langor, em enlevo, por vezes em silêncio, mas beijando o teu robe!... Ó minha bem amada Eva, luz dos meus dias, luz das minhas noites, minha esperança, minha adorada, minha inteiramente amada, minha única querida, quando te verei? (…)
Um beijo, meu anjo da terra, um beijo saboreado lentamente, e boa noite!
(Honoré de Balzac , 1799-1850, para a Condessa Ewelina Hanska, sua amante e mais tarde sua mulher)

 
“Minha adorada noiva: (…) São sempre difíceis de acabar as minhas cartas – porque não ouso escrever os finais como os sinto. J`ai peur de vous effaroucher. E depois da sua proud reserve assusta-me um pouco. E assim só digo que te adoro, meu querido amor.”
(Eça de Queirós, 1845-1900, para Emília de Castro Pamplona, sua noiva e futura mulher)

“Meu querido Bebezinho: Não te admires de certo laconismo nas minhas cartas. As cartas são para as pessoas a quem não interessa mais falar: para essas escrevo de boa vontade. A minha mãe, por exemplo, nunca escrevi de boa vontade, exactamente porque gosto muito dela. Quero que sintas isto, que saibas que eu sinto e penso assim a este respeito, para não me achares seco, frio, indiferente. Eu não o sou, meu Bebezinho, minha almofadinha cor-de-rosa para pregar beijos (que grande disparate!) Mando um meiguinho chinês. E adeus até amanhã, meu anjo. Um quarteirão de milhares de beijos do teu, sempre teu. Fernando.
(Fernando Pessoa, 1888-1935, para Ofélia Queiroz)



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