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6 de outubro de 2010

Se beber, não passe email


"Se beber não passe email. As chances de dar merda, ora, são enormes. Pedir alguém que você mal viu em casamento, desmanchar o namoro dos sonhos, sabotar os projetos em andamento, escrever pornografia para a madre superiora do Colégio das Damas, xingar o amigo, zoar o freguês, desonrar o(a) parceiro (a), desmerecer os carinhos, atordoar os sentidos, desmascarar os ímpios, passar óleo de peroba na cara dos eventuais incorruptíveis, desmoralizar o ombudsman, entregar as Bovarys e os dons Juans com farta distribuição na rede de fotinhas digitais...


Ao sair para beber, deixe o computador desligado, travado, imploda as tomadas, faça uma barreira na porta do escritório, ponha um rastro de cascas de bananas para que você desabe no chão antes de alcançar a máquina de alta periculosidade. Faça tudo, amigo(a), que dificulte a volta [do boteco] direito para o outlook da insensatez, o gmail das perdições, a pororoca de um spam cardíaco, a irrecuperável ressaca moral dos itens enviados."


O texto acima foi publicado por Xico Sá em seu blog http://carapuceiro.zip.net/
e republicado com comentários por Marcelo Rubens Paiva http://blog.estadao.com.br/blog/marcelorubenspaiva




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