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1 de outubro de 2008

DESPEDIDA DO SUL

Há quatro anos, quando me mudei para o Rio Grande do Sul, imaginei que teria de enfrentar as dificuldades inerentes à cultura e ao clima da região. Adaptar-me aos 6 graus de temperatura no inverno, sem dúvida, foi uma de minhas maiores superações. E abandonar a praia também.

Mas todos os aspectos adversos foram plenamente amenizados com a chegada dos amigos, os grandes companheiros que fiz aqui. Sem eles, tudo seria mais chato, mais doloroso, mais frio.

Não há como esquecer cada rosto, cada aventura, cada palavra agauchada.

Não tenho palavras para agradecer os conselhos da Justina de como se adaptar ao povo gaúcho e os feedbacks, da época em que era minha gerente.

Nem das brigas com a Pat, a cada envio do Kit desfile. Depois, de como me acolheu como a uma irmã na sua casa, em meio à família Souza. Do carnaval com ela e do festival de pasteis que tanto nos engordou.

Da Bê, com suas tiradas impagáveis e as imitações que fazia depois das reuniões da empresa. E nas viagens, tudo sempre ficava mais divertido com ela.

Do Xande, sempre atencioso. Lembro de um dia ter enxugando as minhas lágrimas quando estava preocupada com meu futuro na Gas.

Da Cíntia, que foi uma amiga-muleta, a que me atirou debaixo do chuveiro no auge de minha depressão e me trouxe barras de chocolate para o estômago vazio há dias. Retribui ensinando-a a fazer um strogonoff maravilhoso e acolhendo-a quando estava sem o ED. E do Ed, que até participou de sessões de cinema com ela lá em casa nas nossas farras a três.

Do Clauber, que tive literalmente o prazer de receber em minha casa, em minha vida e nas cachaças que tomei. Sem deixar de mencionar ele fazendo a mímica do GATO FÉLIX nos nossos jogos de imagem e ação. E também acabando com as bebidas do barzinho lá de casa.

Da Simone, uma amiga querida e das mais sensatas. Amiga faladeira, conselheira, e quem ajudou a livrar a barra em minha semana de lua de mel com meu ex-baiano. Aqui, destaco também o Cícero e o Kevin, relembrando o fim de semana maravilhoso que passamos na chácara, ouvindo Ênia com as vacas a nossa volta.

Da tia Ana e seu frango com batatas na sexta-feira.

Da Adelaide, minha Sandiléia inspiradora. Minha amiga maravilhosa, de quem me aproximei tão despretensiosamente. Ensinei-a a fazer adereços de cortina e ela me ensinou o quanto uma amizade pode ser intensa mesmo que seja tão recente. Nossa, como gosto de você !

Da Fabi e o Rafa, dois amigos de quem estou cada vez mais próxima. E de quem o amor me inspira. Quero um código de barras igual pra mim.

Do Paulinho e o Evandro, cujo semblante eu sempre via sério perto dos computadores e do trabalho. Mas sei que basta uma cerveja e uma roda de amigos pra se desmancharem em risos.

Da Vavá, minha pequena, de quem gosto tanto. A mesma que abriu uma comunidade linda no Orkut pra me homenagear. Minha menininha tão competente e tão carinhosa, por quem torço tanto. E da Beta, na mais discreta meiguice de sempre.

Da Sirlei, minha loura tão querida, tão bronzeadinha. Com ela curti a aventura do Parque Beto Carreiro e só não despencamos juntas da torre de 100 m de altura porque ela amarelou. Mesmo assim, foi perfeito.

Da Verlaine, a dona do PET SHOP que cuida de nós... (Eu, Déa, Angela, Simone, Sirlei...)
A ela, atribuímos o fato de estarmos sempre limpinhas, escovadas, de unhas feitas, de pelo aparado, bronzeadas e massageadas. Nossa amiga, a terapeuta que cuida do nosso corpo e faz tão bem para nossa alma. Vou sentir muita saudade de você.

Do Marquinhos, que não sai da minha cabeça. A quem entreguei minha cabeleira que um dia passou de castanha para ruiva, para meu quase enlouquecimento. E que tem cuidado tão carinhosamente de mim, no inverno e no verão. O que fazer sem vc agora ?

Da Déa e do Adroaldo, amigos intensos e sempre presentes, me levando para todas as comemorações e dias especiais em que eu provavelmente estaria sozinha. E da Déia em todos os outros momentos dos meus quatro anos aqui. Minha amiga inseparável.

Da Ângela, meu anjo. Daqueles que leva soda cáustica pra desentupir pias quando a gente tem um ataque no dia do aniversário. E que está junto, sempre junto, aconselhando, rindo, chorando, bebendo, fofocando, compartilhando, exercendo o papel que mais sabe representar: o de ser amigo. És um anjo na terra!

Amo cada pedacinho de vocês, mesmo dos gordos, dos carecas, dos banguelas e dos feios.

Amo cada estória, cada dia junto, cada bebedeira, cada ressaca.
Amo saber que sobrevivi aqui por quatro anos por nunca ter estado sozinha.
E por saber que quando estivesse, teria a quem procurar se precisasse.
Amo intensamente cada palavra que me destinam na tristeza, e cada aplauso que me dedicam na vitória.

Vim pelos braços da Gasoline. Volto pelos pés da Via Uno.

AMO VOCÊS de todas as formas. Amigos, irmãos.
E Não há geografia que possa mudar isso.

Um comentário:

Já que está aqui, fala!

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